A NEUROSE OBSESSIVA

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O que proponho imediatamente à atenção de vocês é que o pai que o obsessivo visa é, primeiramente, para o obsessivo, o pai que está no Outro. È aquele que Lacan chama de ao-menos-um. E o obsessivo visa este pai que esta no Outro, o ao-menos-um. Também quer dizer aquele que esta no Real, e ele o visa tentando castrá-lo por seu amor. Castrar o pai por seu amor? Que historia é esta? Esta historia é a mesma de nossa religião, o pai que amamos na religião enquanto ele é puro amor por seus filhos e enquanto renunciou ao sexo. Para os gregos e para os romanos tal coisa nunca existiu, é uma criação, uma força de nossa religião ter estabelecido um pai que nos ama, que para nós é puro amor, mas que, ele mesmo, é fora do sexo. E é por isto que dou esta pequena nota clínica – com freqüência, o obsessivo ama seus avós. Vocês sempre vão poder verificar isto: ele sempre tem um apego particular pelos avós. Vocês me dirão, atenção, mas o Deus judeu é um Deus que não é somente puro amor, é um Deus ciumento, e também é um Deus guerreiro mas aí está a força própria, a invenção, a criação de nossa religião – é um Deus fora-do-sexo.