"Alguns romances tinham início na igreja, ou na "missa dançante" do Minas. Passada a adolescência, trocava-se a "missa dançante" pela "hora dançante" das noites de sábado no DCE. O Diretório Central dos Estudantes funcionava numa sala alugada até construir sua sede própria, projeto de Sylvio de Vasconcellos, na rua Gonçalves Dias, onde hoje funciona o Cine Belas Artes. uma orquestra animava o abile. Havia bons crooners, como Maria Helena toedo, que depois se casou com Luiz Bonfá e Clara Nunes que dizem aí começou sua carreira."
Lúcia Helena Monteiro Machado, a Duda, nasceu em Juiz de Fora. Ainda criança mudou-se para Belo Horizonte onde, durante mais de 30 anos morou no bairro de Lourdes. Sempre muito ligada ao meio cultural, foi bailarina do balé Klauss Vianna e participou da Geração Complemento na área da lçiteratura. Graduada em Psicologia, é professora de História da Arte e colaboradora do caderno "Pensar", do jornal Estado de Minas.
Uma cidade é cheia de lugares, paisagens, referências, espaços públicos e pontos de encontro. Cada um deles tem pequenas e grandes histórias, personagens reais e imaginários, peculiaridades, fatos marcantes, enfim, um conjunto de elementos que constitui a memória coletiva, um patrimônio de todos os seus habitantes e das futuras gerações.
A coleção BH. A Cidade de Cada Um reúne esses pequenos fragmentos e, a partir deles, compõe um grande mosaico que, ao valorizar o passado, ajuda também a entender a grande metrópole dos dias atuais. Os autores são definidos em função de sua profunda identidade com o tema dos livros.
O maior compromisso da coleção é com a memória afetiva de cada autor: uma viagem sentimental que revisita cenários, conta casos curiosos, lembra pessoas, lugares, aromas e sabores. O segredo é contar uma história a partir de um ponto de vista pessoal, mas que seja apropriada e legitimada pela comunidade.
