Devoção negra

Devoção negra

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O livro resgata as apropriações feitas das histórias, até certo ponto lendárias, de Santo Elesbão e de Santa Efigênia. Ele teria sido imperador na Etiópia, por volta do século VI da Era Cristã; ela, uma princesa nascida na Núbia que teria vivido à época apostólica. A releitura da vida desses santos, como demonstra o autor, ocorreu, no século XVIII, por meio da escrita do frade carmelita Frei José Pereira de Santana que enxergou nesses expoentes da santidade africana exemplos que poderiam servir como meio de evangelizar a imensa população de africanos e seus descendentes – escravos e libertos – no Brasil colonial. Em que pese a proposta de conversão cristã e o seu relativo sucesso, o livro também analisa como africanos e seus descendentes se apropriaram da figura desses santos, por meio do seu culto em irmandades religiosas, com o objetivo de construir símbolos de identidade que buscavam afirmar relativa autonomia em meio a uma sociedade marcadamente escravista e católica. Anderson Oliveira recusa a leitura simplista dos sincretismos religiosos como dissimulações para explicar as vivências das devoções, apresentando-as como arranjos complexos envoltos em conflitos e negociações, transitando entre o projeto evangelizador, a vivência do catolicismo por africanos e seus descendentes e a recriação de traços de diversas culturas de origem africana em um novo ambiente histórico. Assim, a obra traz a práxis da religião, no século XIII, a partir do culto de santos cristãos, sobretudo pela ordem das Carmelitas e pelos Franciscanos, como forma de dominação religiosa. No entanto, como argumenta, o autor, as confrarias cristãs, por trás das hagiografias dos santos, ocultavam uma fiel devoção dos negros, principalmente minas, a essas “divindades”. Não se trata do “sincretismo religioso”, mero decalque, mas de um verdadeiro “trato fiduciário”, pelo qual professam sua própria fé por intermédio de eminências cristãs negras – como Santo Elesbão, Santa Efigênia, N. S. da Boa Morte ou N. S. do Rosário dos Homens Pretos.

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