OS DESTITUÍDOS DE LÓDZ

O Gueto de Lódz (1939-44), a macabra cidade segregada erguida pelos nazistas na Polônia no início da Segunda Guerra, foi criado para confinar os judeus antes de serem destinados à Solução Final dos campos de concentração. Seu administrador, o “presidente do gueto”, era uma figura que ainda hoje constitui um enigma. Trata-se de Mordechai Chaim Rumkowski, um judeu mergulhado em pensamentos de grandeza enquanto gerenciava a miséria humana: a fome, as precárias condições de higiene e a violência dos guardas nazistas faziam parte do cotidiano do lugar que chegou a reunir duzentas mil almas.
Mistura de romance social e de literatura do Holocausto (constituindo uma bem-vinda renovação desse gênero), Os destituídos de Lódz enfileira personagens inesquecíveis enquanto retraça, com os poderosos instrumentos da melhor ficção, a história do gueto. 
Escrito a partir da farta documentação sobre um dos episódios mais sombrios da trajetória humana, este é um romance destinado a ocupar um lugar especial na literatura contemporânea. Um livro cuja denúncia ressoa na alma do leitor mesmo muito depois que seus acontecimentos já fazem parte dos manuais de história.