BH. A Cidade de cada um - Centro - Vol 24
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“O fato é que, esparrodados entre engradados e caixotes, no Buteco do Geraldinho Furreca – que servia tira-gostos celestiais – ou no Benício, ou no Valtencir, ou no Tião Beraba, bebericávamos o futuro, encharcávamos o presente e metíamos o pau no passado. Tudo num ambiente acolhedor e propício aos melhores delírios: ali, os repolhos falavam, os tomates dançavam, as berinjelas saltitavam, as batatas gargalhavam, os quiabos babavam, as couves flanavam, as vassouras cantavam e os passarinhos latiam. Coisa de fazer inveja a Ionesco, Kafka ou Salvador Dalí, por exemplo.
