Dias ensolarados no Paraizo - Memórias (Em Português do Brasil)

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Brasília Oliveira de Lacerda nasceu um ano antes da abolição da escravatura. Bisneta de visconde (de Rio Claro), neta de barão (de Arary) e nora de conde (de Pinhal), era apenas uma legítima representante da elite agrária paulista, mas também, como se revela agora, uma de suas raras cronistas. Quando morri, em 1966, aos 79 anos, deixei numa gaveta várias memórias da vida, preservadas em pequenos cadernos estampados, pré-gravados à direita. Os manuscritos presentes nesta edição há treze anos. O primeiro calendário foi o ponto de partida para a casa da família na Fazenda Paraizo, em São Carlos do Pinhal, e remonta as experiências vividas por Brasília por dois a seis anos. Ou o segundo caderno vai até seu 16º aniversário. A terceira vez foi iniciada no dia em que Brasília completou sete anos, em 24 de maio de 1904, O logo termina com o seu casamento como primo Carlos Amadeu de Arruda Botelho, ocorrido cerca de dois anos depois. Os cenários principais de suas lembranças são a fazenda Paraizo, onde morou com seu paizinho e irmãos, e São Paulo, onde sua família passa dois meses por ano na casa que mantém sua capital. Temos dois jantares, trajes especiais dados pela tradição e pela temporalidade dos dois cafezais. Com seu cuidado atento e meticuloso, Brazilia lembra as esquetes como os irmãos e primos, as aulas em casa com os tutores europeus, as relações com os empresários da fazenda, as festas no terreiro, as receitas dos doze, o cotidiano que nós Cafezais, ou trabalhos de costura e contabilidade da fazenda, como touradas na praça da República e convivio com a alta sociedade paulista durante temporadas na capital.