MEMÓRIAS VIVAS DE 1968

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  • Livraria e Editora Scriptum Rua Fernandes Tourinho, 99, Belo Horizonte (MG)
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Memórias Vivas de 1968 – a prisão dos padres franceses e do diácono brasileiro em Belo Horizonte, de Michel Marie Le Ven e Rosely Carlos Augusto, e Democracia em Crise: o Brasil Contemporâneo, organizado pelos professores Robson Sávio Reis Souza, Adriana Maria Brandão Penzim e Claudemir Francisco Alves, são os mais recentes lançamentos da Editora PUC Minas. O primeiro é um importante registro da trajetória de religiosos que, em tempos de regime totalitário, lutaram pelas causas populares; o segundo reúne textos que tratam da crise da democracia no ocidente capitalista e da crise  política e institucional brasileira. Ambos lançam luz sobre a complexa realidade do Brasil contemporâneo e da década de 1960, oferecendo relevante contribuição para o debate sobre a democracia.

Com 319 páginas, Memórias Vivas de 1968 é um testemunho de religiosos, entre eles o padre francês Michel Marie Le Ven, que tiveram importante atuação em Belo Horizonte na defesa de camadas mais pobres da sociedade, engajando-se nas causas de emancipação social, política e econômica. Tudo isso no contexto do Cristianismo da Libertação, movimento pautado na defesa dos pobres e excluídos que emergiu entre as décadas de 1950 e 1960, na América Latina, e que teve, no Brasil, forte influência de teólogos franceses que aqui moravam ou cujas ordens se instalaram no país.

Com o golpe militar de 1964, leigos e religiosos engajados nas lutas populares tornaram-se alvos da repressão, como se deu com o "movimento dos padres franceses". Conhecidos como padres do Horto, bairro da região Leste de Belo Horizonte em que atuavam, os franceses Michel Le Ven, Francisco Xavier Berthou, Hervé Croguenec e o então diácono brasileiro José Geraldo da Cruz – cujas histórias foram resgatadas no livro – estão entre os muitos religiosos perseguidos pelo regime militar em função de sua atuação. A prisão dos padres franceses e do diácono brasileiro tinha o propósito de desarticular e intimidar as lideranças juvenis, sobretudo do meio operário e estudantil, e quebrar a "ala progressista" da Igreja Católica, como explica Le Ven.