"Em 2005, o fotógrafo começou a se interessar pelo cotidiano na cidade, a registrar seu próprio ambiente. 'Esse é o primeiro trabalho em que consegui convergir. Trata-se de uma série de pequenas viagens pelo meu bairro e arredores. São lugares por onde passo regularmente.' O projeto ganhou corpo quando o professor e fotógrafo Rui César ('meu amigo e mestre') mostrou a Pedro David um conto, 'Do rigor na ciência', de O fazedor (1960), de Jorge Luis Borges. 'Fala de uma geração de cartógrafos num mundo imaginário. Eles se desenvolveram tanto na ciência da cartografia que começaram a fazer mapas gigantes, até criarem o mapa do país do tamanho dele. Mas as gerações futuras não se interessaram e abandonaram esse mapa', conta. 'O mapa do mundo arruinado está crescendo. Fiz o meu mapa, depois de ler esse conto, para mostrar uma questão global evidente.'" (trecho de matéria publicada no uai.com.br, 2012)
