O ROMANCE DE FORMAÇÃO, A trajetória do romance de formação

Franco Moretti analisa o surgimento, o auge e a decadência do romance de formação, “forma simbólica” de uma modernidade fascinante e perigosa, na qual os representantes nada heroicos da nova classe média europeia buscam responder a uma questão fundamental: é possível uma vida com sentido? Goethe e Austen buscam o difícil equilíbrio entre a liberdade individual e os constrangimentos da sociedade. Os heróis de Stendhal e Púchkin já não se adaptam aos ideais da “normalidade”. Os personagens de Flaubert buscarão algum sentido para suas vidas vazias. De Fielding a Dickens, a “formação” não é mais o objetivo das “pessoas comuns”.