Psicanálise Lacaniana. Revoluções em Subjetividade

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Para seguir a linha traçada por este livro é preciso quatro argumentos. O primeiro é que a psicanálise não é universalmente verdadeira. (...) O segundo é que a psicanálise é construída como um dos diversos nomes da subjetividade, do que chamo de ‘cápsulas conceituais do sujeito’ sob o capitalismo, e isso contradiz muitos dos que gostariam de ignorar a psicanálise e os quais a psicanálise às vezes denomina como psicóticos ou perversos, assim como àqueles obcecados por ela e àqueles cuja recusa é compreendida como algum tipo de protesto histérico. O terceiro, a psicanálise lacaniana é um dos nomes para a subjetividade contraditória do capitalismo tardio, virtual, precário, neoliberal. A psicanálise já fazia parte da globalização desde o inicio do capitalismo, competitiva e individualista, mas a psicanálise lacaniana introduz algumas das voltas, reviravoltas e saídas para esta condição. O quarto, as contradições da psicanálise precisam estar conectadas a outros movimentos emancipatórios e revolucionários que se formaram sob a regra do capital em resposta ao capitalismo– o marxismo e o feminismo– mas que foram mais inseguramente atentos à natureza histórica das formações político-econômicas contra quem se confrontavam.