Neste livro francamente polêmico, Leo Bersani luta contra uma visão difundida na cultura moderna: a ideia de que a arte pode nos salvar das catástrofes da história e da sexualidade. Bersani questiona essa suposição e percorre amplamente a literatura moderna para provar seu ponto de vista. Ele faz comparações fascinantes entre Melanie Klein e Marcel Proust; as obras enigmáticas e mais não resolvidas de Freud; Walter Benjamin, Baudelaire e Nietzsche; André Malraux e Georges Bataille; Flaubert, Melville, Joyce e Thomas Pynchon.
Bersani não está nos dizendo para menosprezar Freud, Eliot, Proust ou Joyce. Mas ele está nos exortando a fazer novas avaliações e a estar cientes da moralidade dissimulada e enervante da alta cultura moderna. Esta é uma crítica literária de primeira ordem - uma defesa da “singularidade absoluta da experiência humana” - e merece o maior número de leitores entre aqueles que se dedicam à literatura, mas suspeitam do papel redentor que lhe foi atribuído.
