Santo sujo - A vida de Jayme Ovalle

Primeiro livro sobre o compositor paraense Jayme Ovalle (1894-1955), personagem extraordinário do modernismo brasileiro. Sua obra musical, impregnada dos cantos amazônicos e do candomblé, tem no clássico Azulão ("Vai, azulão, azulão, companheiro..."), com letra de Manuel Bandeira, uma pequena joia gravada até hoje por intérpretes de todo o mundo. Um folclore peculiar girava em torno da figura de Ovalle. Entre suas paixões arrebatadoras, conta-se que chegou a se apaixonar perdidamente por um manequim de vitrine e por uma pomba, que vinha namorar com ele em sua janela. Conhecido como "O místico" ou "O Santo da Ladeira", cultivou um catolicismo muito particular, que incluía sessões de autoesbofeteamento diante da cruz e uma oração em agradecimento "por mais uma noite de minha vida, bebendo, moderadamente, com soda e gelo, o meu uísque". A biografia, escrita pelo jornalista e escritor Humberto Werneck, recupera sua vida familiar e amorosa, a boêmia na Lapa e seu trabalho como servidor público da Alfândega, no Rio de Janeiro. Para quem nunca ouviu falar de Ovalle, é uma história que se lê como um romance e revela a "presença silenciosa" do compositor na cultura brasileira. A edição, ilustrada com 111 imagens, muitas delas inéditas, inclui discografia de suas músicas no Brasil e no mundo.

Estrago na parte superior da lombada e capa danificada.