As Psicoses na Infância: O Corpo Sem a Ajuda de um Discurso Estabelecido

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Percorrendo a literatura da psiquiatria clássica sobre o autismo e a psicose infantil, passando pelos autores pós-freudianos até a clínica psicanalítica contemporânea, a autora questiona os tratamentos restritos às referências edípicas e à significação fálica e se fundamenta no saber fazer orientado pelo real próprio da clínica. Servindo-se de conceitos como a lingua, objeto e gozo, este trabalho nos convida a percorrer uma trama em que a invenção e o arriscar-se predominam sobre o standard, as psicoses no plural sobre o singular. Assim como a aposta se sobrepõe ao diagnóstico e o momento de concluir fica sempre aberto ao ato e às surpresas. Uma abertura inerente ao não senso próprio desse mundo sem outro, para onde o autismo e as psicoses nos conduzem. Mundo que ensina, interroga e, sobretudo, denuncia a precariedade das soluções e discursos estabelecidos através de novas invenções e soluções subjetivas frente à nossa 'estúpida e inefável decisão' de ser. Invenções para tratar os objetos, dentre outros, a voz, que tanto perturba os autistas, mas que pode, nas belas palavras do poeta, na epígrafe do livro, tornar-se 'a voz de fazer nascimentos'. (Ana Beatriz Freire)