Saúde Mental e Psicanálise - Conexões Discursivas - Prefácio de Angela Vorcaro - Introdução de Regina Teixeira da Costa
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Saúde Mental e Psicanálise - Conexões Discursivas - Prefácio de Angela Vorcaro - Introdução de Regina Teixeira da Costa

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Freud nos disse sobre a Psicanálise e seus múltiplos interesses. Desde a sua constituição como instituição, estamos lidando com uma dicotomia curiosa: a psicanálise standard e a psicanálise aplicada. Se retomarmos a Psicanálise como método vamos ver que estes limites impostos à disciplina são apenas provocações advindas de outra epistemologia interessada no pragmatismo, e avaliações numéricas de resultados, etc.

A Psicanálise como método é sempre extensão e intensão, como propõem os autores sob a coordenação de Cássio Eduardo Miranda e Mara Sternick. Neste livro em especial cotejaremos um dos clássicos interesses da Psicanálise, a Política e um dos seus novos interesses: o atendimento individual e coletivo da subjetividade, no âmbito das políticas públicas de saúde.

Aos que se interessam por esta extensão que tensiona a investigação da Psicanálise em direção ao coletivo e suas apresentações: o Estado, o laço social, a noção de representação e participação social, o presente texto é o banquete a ser saboreado. Como seria fazer clínica psicanalítica neste contexto? Ela estaria afeita a responder às demandas das políticas públicas de saúde? Como lidar com ideais como bem-estar geral, integralidade e equidade num espaço otimizado, racionalizado e hierarquizado de atendimento? A Psicanálise não teme impasses, e também não recua diante de contraditórios. É justo aí que ela elabora possibilidades, delimitando relações e estabelecendo diferenças.

Podemos dizer que o analista não atua na direção da identificação, de dizer para um sujeito o que ele deve ou não fazer, mas, ao contrário, o analista atua no questionamento dos significantes que até então serviram de pontos de identificação ao sujeito. Ao pensarmos a proximidade provocadora da Psicanálise com a Política e a Saúde Pública, estamos a pensar na Ética. Desde Freud, construções conceituais tais como identificação, mal-estar na cultura, satisfação e final de análise estão abertas à influência do Outro, à vida na cidade e às relações de poder e suas forças alienantes. Nesta posição, o psicanalista não deve ceder ao desejo, e ao que ele tem de subversivo contra a afirmação de ideais. Movido pela Ética da Psicanálise, necessariamente deverá sustentar uma intenção, implicada também na produção de um discurso capaz de fazer laço social, mas de modo diverso daquele que busca ou oferece a felicidade, ou a submissão apascentada ao mestre. É nessa teoria dos discursos que a partir da Psicanálise reencontraremos a Política e suas possibilidades.

Helio Lauar

Psiquiatra. Mestre em Psicologia Social — UFMG.

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